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Relacionamento ganha-ganha

Ensinando aos nossos filhos os relacionamentos Ganha-Ganha 

 

Todo ser humano tem um grande potencial a ser desenvolvido, pois temos a inteligência para entender o nosso mundo. 

Apesar da evolução tecnológica ter nos ajudado a obter mais informações, por vezes ainda não transformamos estas em sabedoria, em prática e em atitude. 

Se desejamos ser felizes e queremos ter relacionamentos sadios temos que agir para tal. Não basta ficar esperando. Precisamos ser a causa para a felicidade. Ajudar alguém, por exemplo, pode ser uma pequena ação para o outro, mas trazer uma grande felicidade para você. 

Todos nós gostaríamos de nos relacionar muito bem com os outros: com as pessoas da família, com o marido ou namorado, com o professor, com os amigos da escola, etc. Mas se temos este objetivo, por que não conseguimos atingi-lo? O que falta à nossa mente? 

A beleza da criação humana é que somos responsáveis pelas nossas experiências, temos a capacidade de escolher nossas ações. Então, trago uma outra pergunta: por que será que é tão difícil pensarmos num relacionamento interpessoal em que a relação ganha-ganha esteja presente? 

Por gerações somos criados para sermos fortes, para não aceitar perder, para não sermos “tolos”. Enquanto não nos desarmarmos deste paradigma, desta forma de pensamento enraizado em nossa mente, não conseguiremos achar soluções ganha-ganha. 

Pense no seu local de trabalho: um colega seu de trabalho, que faltou 2 dias no emprego pois seu cachorro fora hospitalizado, pergunta se você pode ficar um pouco mais no escritório a fim de ajudá-lo a terminar aquele relatório pedido pelo chefe. Você havia marcado com sua namorada de irem ao cinema, o que comumente vocês fazem toda 4ª. Feira. Será que você não poderia ajudá-lo? Mas com certeza virá em sua mente aquele julgamento: “mas também, se atrasou por causo do cachorro! Agora ele que arque com as conseqüências”ou  então “ah, não posso desmarcar com minha namorada”.  

Será que não haveria uma solução ganha-ganha para tal situação? Que tal se pensarmos na hipótese da namorada também ajudá-los no serviço? Ou até irmos todos para casa de um e trabalharmos juntos tomando um bom café? 

Precisamos aprender a pensar ganha-ganha. Vivemos num mundo de abundância, cheio de soluções diferentes, porém precisamos apenas abrir nossa mente para querer encontrá-las. 

É necessário desfazermo-nos de paradigmas antigos que pesam em nossas decisões, compreender que estamos todos interligados uns aos outros, que nossas ações boas e más repercutirão nesse mundo afora. 

Mas, como fazer para vivermos estes novos conceitos se não fomos criados assim? E nossos filhos, como fazer para que eles vivam mais o conceito ganha-ganha para serem mais felizes em seus relacionamentos? Trabalhe isto na educação de seu filho. 

Primeiro: você precisará ser o modelo para ele. Não basta falar; você precisa começar agir ganha-ganha, a mudar seus conceitos no dia-a-dia, e seus filhos verão que este modelo valerá a pena. 

Segundo: você pode achar uma escola que trabalhe esse conceito na dinâmica do dia-a-dia entre os alunos, que crie condições para que eles repensem suas ações, achem terceiras alternativas para buscar soluções que visem a um bem maior. Essas intervenções da escola não deve somente ocorrer ocasionalmente quando há um conflito na escola. Devem ser planejadas estratégias com propostas para desenvolvermos o pensamento ganha-ganha nas crianças desde pequenos. 

Segundo a coordenadora pedagógica Shirlei de Menezes Rico, do colégio Gran Leone, este conceito entre outros, precisa fazer parte da estrutura curricular da escola, pois senão você pode perder o foco e deixar passar oportunidades de se trabalhar a relação ganha-ganha “a qualquer momento você pode ter um conflito entre alunos para resolver e mostrar uma solução ganha-ganha, mas para isso esse conceito precisa ter sido trabalhado em sala muitas vezes em dinâmicas preparadas para tal. É isso que fazemos em nossas aulas de Gestão Pessoal e de Ética e Cidadania.” diz Shirlei. 

 

 Para aqueles que sentem-se abertos a pensar na relação ganha-ganha para melhorar seus relacionamentos, seguem algumas sugestões: 

 

  • Ao perceber um conflito, pare e pense. Nunca aja reativamente. Espere passar o calor das emoções para que você possa enxergar as soluções alternativas. 

  • Ao iniciar um diálogo de solução do conflito, mostre primeiramente que você compreendeu o que o outro estava expondo. Uma dica é usar termos como “Você está me dizendo que ...” e repita o que seu colega ou parceiro disse, para mostrar que você realmente compreendeu o que ele queria dizer. Compreender não é aceitar. 

  • Coloque-se no lugar do outro: imagine que você foi criado como ele e tem aquele mesmo ponto de vista. Você também não defenderia sua causa? 

  • Depois exponha seu pensamento sendo objetivo e deixando claro o que você pensa sobre o assunto, o que para você é correto ou incorreto.  

  • Isto precisa ser feito sem gritos e imposições, pois a raiva que sai junto às nossas palavras fechará o ouvido do outro. Se você agir com raiva estará sem razão tanto quanto o outro, pois esta corromperá o que você fizer ou falar. 

  • Pense em soluções alternativas. Nosso livre arbítrio faz com que o mundo seja um lugar criativo, onde a liberdade de escolha nos ajuda a criarmos soluções diferentes, em que cada um pode ceder um pouco sem que perca sua essência. 

 

Leve essa ideia para sua casa, para sua família, para seu casamento, para seu local de trabalho. E comece a mudança por você. Logo as pessoas vão perceber alguma coisa diferente em seu comportamento e você se sentirá feliz por estar fazendo bem a você mesmo e ao outro. 

 

Shirlei de Menezes Rico 

Pedagoga e fonoaudióloga. 

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